22.1.07

Socialismo e Liberdade

Por uma União Nacional dos Estudantes de luta, combativa, democrática e nas salas de aula.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) tem sido grande emuladora das lutas por um país livre, soberano e democrático tendo destaque seu papel pioneiro na campanha do Petróleo é nosso, na resistência à ditadura militar, no impedimento do presidente Collor, na resistência a agenda neoliberal tucana, dentre inumeras outras lutas de nosso povo.

Doravante seu papel destacado no cenário nacional, a UNE foi ao longo dos anos se tornando um mero espaço de luta entre as diversas correntes pelo controle e aparelhamento da entidade, o que provocou um distanciamento das salas de aula e dos estudantes. A saudável disputa pelos rumos e concepções do movimento estudantil que aquiescia os pátios e salas de aula por todo o país, tornou-se um mero exercício de retórica nas plenárias finais dos encontros e congressos sem o menor compromisso com a realidade das universidades país a fora.

Após anos de muita critica por parte de algumas correntes que nunca aceitaram essa deturpação do papel de nossa entidade, a força majoritária da UNE finalmente reconheceu que era preciso rediscutir o papel e os processos de construção da UNE. Criou-se uma expectativa em todo o país de que os estudantes poderiam finalmente participar diretamente do processo de eleição da diretoria e da política.

As eleições diretas para diretoria da UNE forçaria que os candidatos fossem as salas de aula se apresentarem aos estudantes e isto na opinião de algumas correntes provocaria uma nova forma de atuação, a UNE voltaria para as salas de aula. Na contramão das expectativas, a corrente majoritária truculentamente aprovou um complexo processo em que os delegados ao congresso são eleitos diretamente, para no congresso elegerem a diretoria da UNE. Faltou ousadia a corrente majoritária porque fazer uma eleição em toda a Universidade e perder a oportunidade de já apresentar aos estudantes os candidatos a representa-los.

Fica então o convite dos jovens socialistas organizados no Movimento Não Vou Me Adaptar a todos os estudantes de juntos construirmos uma União Nacional dos Estudantes ousada na radicalização da democracia, de luta, plural, e cotidianamente nas salas de aula.

Fábio Borges
Vice-RJ da UNE

3.1.07

Hoje

Passada a ressaca das Festas de Fim de Ano, e acordados ante a realidade nua e crua de um mundo capitalista cruel e selvagem fica-nos a reflexão sobre como tranformar tal iniquo sistema e construir os fundamentos de um novo mundo socialista.
Doravante o insucesso do totalitarismo marxiano-leninista, fica nos inicialmente a ponderação feita pelos socialistas que escreveram o manifesto da Esquerda Democrática nos idos de 1947 e que naquele tempo já diziam que socialismo só se constrói com liberdade. Mas apenas a eliminação dos pressupostos totalitários do marxismo-leninismo são suficientes para redimi-lo? Como compreemder as demais criticas feitas a teoria socialista e ao socialismo marxiano-leninista ?
Responde as diversas teorias socialistas a complexidade do mundo contemporâneo? Quais respostas tem sido pensadas pelos países ainda socialistas a estes problemas modernos ?
Por enquanto fico com o ilustre escrito Verissimo e sua afirmação de que o Socialismo persiste por que o capitalismo não consegue responder a sua maior critica e defesa em prolde um mundo sem esplorados e esploradores. E nós como socialistas como podemos responder ao capitalismo contemporâneo ? Como provarmos que a história não acabou ? Como construir o socialismo num mundo globalizado ? Como defender a unidade proletária internacional e ao mesmo tempo a auto-determinação dos povos ?
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