30.8.07

Festa de 60 anos do Partido Socialista Brasileiro

Bem de hoje à sabado o Partido Socialista Brasileiro se reune no Distrito Federal para comemorar os seus sessenta anos de luta pelo socialismo.
Herdeiro dos ideais norteadores da Esquerda Democrática, o PSB se consolida enquanto alternativa atual de militância e organização politico-partidária para aqueles que ainda repudiam o capitalismo e almejam o socialismo.
Tal perspectiva não se confunde com o ideal hegemonista de alguns setores de esquerda que veem em sua própria organização a verdadeira e única organização revolucionária.
Antes quando um militante do PSB defende ser sua organização a atual alternativa da esquerda brasileira, está defendendo que diante da inércia causada pela queda do muro de Berlim, nós militantes do PSB continuamos defendendo que a históira ainda nem começou.
A verdadeira história feita e forjada por todos os trabalhadores só triunfará com o advento mundial do Socialismo, pois enqunato um só homem ainda for explorado a luta contra a exploração continuará.
A festa do PSB tem este papel de demonstrar sua viabilidade revolucionaria e também de convocar todas as organizações de esquerda a construção conjunta do Socialismo.
Que avance a Unidade Popular e o Socialismo!!!

Carta Aberta ao Senador Renan Calheiros por João Alberto Capiberibe

Carta Aberta ao senador Renan Calheiros
João Alberto Capiberibe*

Caro Renan,

Não se aborreça e nem me leve a mal, mas bateu uma vontade incontida de falar um pouco da vida cotidiana do Brasil da planície, que já o aguarda com certa ansiedade.Continuo tocando com entusiasmo minha militância política. Agora, sem as atribuições inerentes ao mandato de senador, que você ajudou a retirar, de mim, com bastante empenho.
Tendo em vista a situação inusitada da instituição que você preside e levando em conta os acontecimentos nos quais você figura com destaque e excepcional desenvoltura, me pergunto se não seria o caso de agradecer o mal que você me causou.
Talvez você, em função da estressante e diversificada responsabilidade política, empresarial e familiar, tenha apagado da memória qualquer registro a meu respeito.Portanto, permita, em poucas palavras, dizer em que momentos nossos caminhos se cruzaram.Sou aquele senador que, antes de completar o 3º ano de mandato, foi expurgado do Senado sem direito a defesa e substituído, com pompa e circunstância por um senador do PMDB, o seu partido. Lembra-se deste episódio?Pelo sim pelo não, melhor garimpar os labirintos da memória.
O PMDB, vinte dias após as eleições de 2002, impetrou recurso junto ao TRE pedindo a cassação do meu mandato e de minha companheira Janete, pela compra de dois votos por R$ 26 cada, pagos em duas suaves prestações. Acusação sustentada por duas testemunhas, que até hoje sobrevivem por conta deste processo. O feito não prosperou e fomos declarados inocentes.
Mas o PMDB recorreu ao TSE. Entrou com um recurso dito “especial” que foi cair nas mãos do então ministro Carlos Veloso. Este senhor, como juiz relator, agindo mais como advogado de acusação e menos como juiz, convenceu seus pares de que eu e minha companheira Janete éramos culpados, reformando a sentença do TRE do Amapá, provendo, por inteiro, o recurso proposto pelo candidato derrotado Gilvam Borges. Por último, relembro um momento raro na história da Casa que você ainda preside e à qual um dia pertenci. Refiro-me a sessão do dia 25 de outubro de 2005. Naquele dia, você avocou para si os poderes da Mesa, do Regimento Interno, da Constituição Federal e do Plenário, fazendo ouvido de mercador aos apelos de cinqüenta e dois senadores e senadoras que se revezaram na tribuna clamando para que eu tivesse respeitado o direito constitucional de defesa, garantido até mesmo aos que cometem crimes hediondos com requintes de crueldade.Você manteve-se inflexível e cassou o meu mandato, para em seguida, em clima festivo e triunfante dar posse ao seu então assessor de gabinete Gilvam Borges. Decisão revertida em menos de 24 horas pelo STF, que considerou sua decisão uma afronta à Constituição Federal e determinou minha reintegração. Você acatou a decisão, mas pressionou a Mesa Diretora a criar um rito sumário de cinco dias para a minha defesa, um prazo inexeqüível para uma mínima investigação. Bem, agora com tudo fresquinho em nossas memórias, vamos ao assunto que gostaria de compartilhar com você.Não resta dúvida, que se trata de um sentimento que poucos ousam confessar, entretanto, como sou franco, admito que sinto uma ponta de inveja ao comparar sua situação de desassossego, com a que tive de enfrentar.Não pretendo descer no varejo dos sentimentos, falemos do que é fundamental para esclarecer as acusações que lhe atingem para comparar com as que me atingiram.A diferença, é que você ganhou o direito de ser investigado pelo Conselho de Ética, pela Polícia Federal e, sobretudo pela imprensa. É sobre esses aspectos que não posso esconder que realmente invejo a sua situação, pois tudo que queria era ser investigado. No entanto não me foi dado esse direito. O Ministério Público Eleitoral não investigou por que, segundo ele, não havia crime, o TRE, por isso, declarou nossa inocência e a imprensa não procurou contar o nosso rebanho, para saber se teríamos bois suficientes para pagar os dois votos, que supostamente eu e minha companheira compramos para nos eleger.No nosso caso, bastou a acusação do candidato derrotado do PMDB para nos cassarem os mandatos. É por isso, que o considero um homem de muita sorte, pois dispõe em abundância de tudo aquilo que você me negou: os meios necessários para provar minha inocência. Para finalizar, me surpreendo pensando em voz alta - se diante daqueles absurdos, cometidos por você, contra mim, tivesse o Senado agido como determina o exercício do poder republicano, certamente não chegaríamos à situação caótica do presente.
Atenciosamente,

(*)Ex-preso político e exilado, ex-prefeito de Macapá, ex-governador do Amapá 1995-2002, ex-senador da República, 3º vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro.

14.8.07

Bloco de Esquerda

Na próxima segunda será o lançamento do bloco de Esquerda no Estado do Rio de Janeiro. Momento impar para a politica em nosso estado.
Carecemos a muito tempo de uma alternativa séria e comprometida, capaz de aglutinar os setores progressistas de nosso estado em torno da construção de uma perspectiva nova de construção e do fazer politico.
Num momento em que nacionalmente nossas casas legislativas maiores repensam seus papeis e finalidades, cabe ao estado que por muito tempo foi o centro do espectro politico nacional repensar sua intervenção e atuação politica.
Precisamos criar altenativas as casas legislativas e executivos municipais de nosso estado, de forma a criar uma alternativa ao estacionismo em que se encontra o Rio de Janeiro, que apesar de ter dado um importante salto na ultima eleição executiva manteve o atraso em sua casa legislativa estadual.
Somente a conversa fraterna entre os partidos que compõem o bloco em nosso estado, aliado a um chamamento ao Partido dos Trabalhadores para se unir a este projeto poderá refletir numa alternativa séria e transformadora.
Que o dia 20 de agosto possa se tornar num passo importante rumo a construção do Socialismo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!