Os grandes pensadores mundiais são relutantes em afirmar o momento que por um passe de mágica saímos da tutela paterna e passamos a deter o poder pátrio, poder este que nos inclue no civilizado mundo das decisões e responsabilidades.
Afirmar que meninos e meninas que sustentam seus lares a partir da coleta em sinais e ruelas de nossas cidades, abandonados e marginalizados pelos homens de bem, são detentores do pátrio poder é um quase insulto...
Categorizar meninos e meninas de bem, tutelados por familias estruturadas e religiosas que os encerram em escolas tradicionais de promoção da civilidade judaico-cristã, e que por motivos diversos num momento inefável cerram armas e/outros meios violentos de marginais, ah, que insulto!!! Nossos meninos e meninas precisam é de ressocialização, precisam ser separados da escória que os assedia e conduz ao crime, nossos pequenos ainda não tem capacidade de discernimento e foram assediados por marginais que infestam nossas ruas e não respeitam a santidade do lar.
Agora afirmar que meninos e meninas que abandonados a própria sorte na busca pela sobrevivência se cerram de armas e/outros meios violentos de marginais que devem ser aprisionados em cadeias para bandidos de alta periculosidade, ah, isso é uma atitude moderna, louvável e cristã ...
O que diferencia nossos meninos e meninas de bem destes pequenos marginais abandonados pela vida a própria sorte, meninos e meninas que nossa sociedade judaico-cristã não tem conseguido incluir na escola, escola esta que diferente das frequentadas por nossos meninos e meninas de bem são ambientes mal iluminados, sujos, distantes de suas casas e realidades, sem refeições que lhes garantam manter-se em pé e atentos, com profissionais mal pagos e muitas vezes educados num ambiente racista/sexista/homofóbico/elitista que vêem em seus alunos aspirantes a marginais que não tem capacidade de aprender os valores judaico-crstãos de nossa civilidade.
Está nossa sociedade judaico-cristã comprometida com a socialização dos alijados do nosso sistema econômico e com a ressocialização dos que vitimas desse mesmo sistema voltam-se para a marginalidade?
