27.8.13

Que venham os médicos cubanos

O ódio a origem nacional, que os cubanos tem sido alvo, e a pigmentação da pele, que os médicos cubanos negros tem sido alvo (estes últimos sofrem os dois tipos), manifesta-se toda vez que os privilégios de uma determinada coletividade são ameaçados. Neste país, infelizmente, uma pequena minoria, ainda se sente proprietária de alguns privilégios socioeconômicos. Esta pequena minoria, aceita a exclusão, sofrida pela grande maioria a assistência a saúde, moradia, educação, esporte, lazer, saneamento básico, transporte, etc, sem reclamar, porém quando percebem, que uma dada ação governamental ou não, tornará amplo o atendimento a grande maioria, reclamam, reclamam, reclamam,.... Reclamam por saberem que o limitado número de profissionais disponíveis para atendimento a população, pela lei da oferta e da demanda, aumenta os seus ganhos; querem continuar a se locupletar com os ganhos, pagos pelo Estado, e ao mesmo tempo, manterem suas atividades privadas altamente lucrativas. Recusam-se por isso, a irem para as áreas, deste país, onde teriam única e exclusivamente que trabalhar para o Estado. Mas, conscientes, da lei da oferta e da demanda, sabem que a alta demanda do interior, que oferece altos salários, na expectativa de contrata-los, aumenta consequentemente os salário nas regiões urbanas. Portanto, o envio de profissionais, para o interior, profissionais estrangeiros, para regiões que os nacionais não estão interessados, interfere em suas lógicas mercadológicas. Imaginam que se o país, atrair o número suficiente de profissionais que falta no interior, a demanda diminuirá, e pela lei da oferta e da procura, a pressão salarial que fazem nas regiões urbanas também. O jogo que fazem, ainda que justificável (nos marcos do capitalismo), é eticamente inaceitável. Pior ainda quando, usam de argumentações e ações que desvelam o racismo, a xenofobia, o machismo e outras formas de discriminação.

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